Foi numa noite de luar Que sai ao encontro do mar Pois há dias que precisava de alguém para conversar Alguém que me escutasse Alguém...
Madrugada Inesquecível
Foi numa noite de luar
Que sai ao encontro do mar
Pois há dias que precisava de alguém para conversar
Alguém que me escutasse
Alguém que tivesse tempo para mim!
Mas as tarefas do dia-a-dia,
Ocupavam as pessoas a meu redor
Que essas não mais tinham tempo para mim
Distante demais, andavam cada vez mais;
Então pensei...
O mar, ele está sempre lá…
Esperando por quem o queira visitar,
Sempre disposto para ouvir
E receber as nossas lamentações.
Então fui num belo dia
Numa noite de luar
Em que tudo estava calmo
Até o mar estava sereno
E a praia totalmente deserta;
Passei horas e horas olhando fixamente para o mar!
Palavra alguma saía da minha boca
Embora meu coração gritasse forte.
Tudo se resumia à voz do silêncio!
Era um infindar de lamentações
Que acabaram por fazer nascer um rio de lágrimas em meus olhos
Correndo lentamente em direção ao mar...
Onde se depositavam todas as preocupações,
Em forma de rio trazendo suas aguas do alto da nascente.
Já era madrugada quando de frio gemia;
Pensei em voltar a casa
Mas o frio que aí me assolava
Não se distinguia do que nas madrugadas sempre me despertava.
A dor era cada vez mais intensa que a corrente do pequeno rio que nascera em meus olhos, também aumentara
Era tão forte a corrente
Que nele podia se montar até turbinas,
Para gerar a corrente eléctrica.
Naquela mesma madrugada,
No meio da comunicação com o mar,
Senti uma mão me tocando no ombro.
De olhos fechados virei
E senti um abraço forte e trémulo me invadindo
Sem palavras nossos corpos foram se entendendo
E a temperatura cada vez mais subindo
Que em curto instante, já não mais sentia aquele frio doloroso...
Naquele mesmo instante,
Sentí-me na galaxia, caminhando no tapete da constelação.
Ainda abraçados e sem palavras,
Numa linguagem que só os corpos entendem
Nos entregamos aos desejos de nossas almas;
Nossas bocas se invadiram
E aos beijos ardentes nos sentimos
E a temperatura, não parava de subir.
Saindo nos beijos, nos metemos no mar
E em nossos corpos, nossas mãos deslizavam suavemente,
Numa linguagem que só coração entende
Fomos nos abraçando íntimo,
Nos tocando cada vez mais profundo
Bem grudadinhos,
Que até sentíamos o palpitar de nossos corações.
Naquela madrugada de luar
Eu renasci...
About author: Bildo Vilanculos
Descrever o mundo usando o coração, rasbicando a sua beleza com a alma e de olhos fechados.
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